Sai.
Tudo na casa grita sai.
(Sai.)
Abandona o sítio onde estás; ruma a nenhures; sai. O sofá onde te sentas, os cobertores da tua cama, a cadeira onde penduras a roupa, os livros nas estantes e nas mesas. Todo o teu universo milimetricamente disposto.
(Sai.)
Parte. Encontra o que não sabes se procuras.
(Sai.)
E volta depois, passado tempo. Conta a história do que viste lá fora deposto, derradeiramente, da tua demanda indeterminada. Volta, pois, e escreve o inefável.
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