Madrugada sem luz - literalmente.
Hoje de madrugada houve um corte imprevisto no abastecimento de electricidade no sítio onde vivo. A meio do House, M.D. (a única coisa boa que dá na TVI?) - e à espera do Lost -, a T. e eu demos por nós às escuras e a procurar lanternas / fósforos / velas aqui por casa. Trinta minutos volvidos, a escuridão continuava, cortada apenas pontualmente por uma vela de baixíssima potência em cada uma das divisões. É estranho ficar-se sem luz porque nos apercebemos de quão pouco há para fazer sem ela. Televisão é para esquecer; aparelhagem também; o computador não tem grande fascínio sem acesso à Internet. Não se pode ler porque a luz é pouca ou nula; não se pode tocar piano porque são duas da manhã. Quando não há nada a fazer, não há nada a fazer. E, quando a luz falta durante a noite, a única coisa que resta é rendermo-nos aos factos (e ao tédio) e esperar que passe.
Foi o que fiz. Às quatro da manhã, enquanto dormia, a luz voltou. Só dei por isso de manhã.
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