À porta de um supermercado.
As mulheres paradas carregam sacos de plástico que ameaçam rasgar-se. Conversam enquanto esperam que as portas se abram. Não têm nome. Vejo-as através da janela do carro enquanto espero que o semáforo mude. Falam entre si: um sorriso raro e um esgar agastado. Uma tira de dentro de um dos sacos uma maçã e come-a; não sei para onde está a olhar; não sei em que pensa. Quando arranco, as mulheres já não estão lá; ali não está ninguém.
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