segunda-feira, fevereiro 06, 2006

À porta de um supermercado.

As mulheres paradas carregam sacos de plástico que ameaçam rasgar-se. Conversam enquanto esperam que as portas se abram. Não têm nome. Vejo-as através da janela do carro enquanto espero que o semáforo mude. Falam entre si: um sorriso raro e um esgar agastado. Uma tira de dentro de um dos sacos uma maçã e come-a; não sei para onde está a olhar; não sei em que pensa. Quando arranco, as mulheres já não estão lá; ali não está ninguém.