E, depois, veio o calor.
Nunca me dei bem com temperaturas mais altas. Tudo o que seja acima dos vinte e cinco graus é-me, por definição, difícil de suportar. Estou sentado no sofá da sala, depois de ter fechado as portadas da janela do meu quarto. O bafo quente do dia invade a casa, não obstante as minhas tentativas de piramidização. Vou à cozinha. Atravesso novamente o corredor e sento-me debaixo do piano - curiosamente, o sítio mais fresco da casa - a beber café frio e a ouvir o E luxo so, dos Labradford; a faixa número cinco em repeat. Acabo o café e deito-me aqui, a pensar. Adormeço, cansado.
(Quando acordar, terá já escurecido.)
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