Madrugada-manhã.
É quase manhã. Consigo ouvir o cantar dos pássaros através da janela do quarto. Fico sentado na cama, perdido entre um sono que se recusou a chegar e um despertar prematuro. No prédio, só o barulho do meu respirar e dos meus passos. Todos dormem. No meu apartamento só eu. Mais ninguém dorme. Mais ninguém cá. Saio da cama meio a dormir. Atravesso o corredor e a sala. Sento-me na poltrona da marquise e vejo a luz a chegar, a invadir aos poucos o soalho.
Sentado aqui.
(Com o dia a começar lá ao longe.)
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