Cento e seis minutos perfeitos.
Vi ontem My Life Without Me, de Isabel Coixet. E, por muito que quisesse fazer uma crítica imparcial, não consigo. Correcção: por muito que quisesse fazer uma crítica, não consigo. É um filme perfeito, do princípio ao fim. Imagem, banda sonora, argumento, personagens. Sarah Polley é brilhante; Mark Ruffalo grandioso e de uma sensibilidade acutilante (como já vem sendo hábito); até Deborah Harry - a mãe supostamente amarga, com uma tendência para o dramatismo - surpreende. Tudo. Multipliquem por dois aquilo que disse a respeito de A Home at the End of the World (um filme que, quando comparado com este de Isabel Coixet, se vê reduzido à mais perfeita insignificância). É um filme que dói, do princípio ao fim. E é por isso que é tão difícil falar dele.
(Difícil não: impossível.)
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