quarta-feira, outubro 19, 2005

A culpa é dos pronomes.

Primeiro deixa-se de falar de uma coisa. Pouco tempo depois são duas, três, quatro; número indeterminado. As razões para se deixar de falar são várias mas que se resumem a duas e que se resumem a uma: não ter vontade disso. O problema é a razão dessa súbita (ou não) falta de vontade. Eu cá, se tivesse de culpar alguma coisa, culparia os pronomes - pela forma dissimulada como, sem quererem dizer nada, dizem demasiado; por serem arautos de uma nova ordem de coisas de cujas consequências só a pouco (e a custo) nos vamos apercebendo.

Por haver boas excepções, contudo, admito que isto

(felizmente)

nem sempre é assim.