segunda-feira, outubro 17, 2005

Ficção (10).

Estacionas o carro no piso 2b. Não sabes ao certo a razão que te trouxe aqui. Não existem outros automóveis à volta. Abres a porta. Sais. Olhas para um diagrama dos diversos pisos e das saídas de emergência. Um círculo vermelho e as palavras "você está aqui" indicam-te onde estás. Voltas ao carro. Abres a porta. Tiras a mala pesada de livros. Fechas a porta. Diriges-te ao elevador. Entras. Pelas frinchas, entra a claridade. Chegas à superfície. E é quando as portas se abrem que tu sabes

(tu sabes)

que estás ali,

(com o sol a aquecer-te a pele, com os olhos franzidos da claridade)

que sabes ao que vieste; que

(ainda)

não te perdeste.