terça-feira, novembro 15, 2005

A vida secreta da minha sala.

Entro em casa e dou pela sala cheia de luz quando pensava que o sol dificilmente ali entraria. Dou pelos vidros claros, pelo chão que me encandeia; pela vida secreta das divisões que não presencio porque durmo.

(Há vida antes da uma da tarde.)

Qualquer coisa muda. Sento-me no sofá, com o calor a encher-me os pés e com a mão direita alumiada por um rectângulo de claridade.

(Deixo-me estar. Adormeço.)