A vida secreta da minha sala.
Entro em casa e dou pela sala cheia de luz quando pensava que o sol dificilmente ali entraria. Dou pelos vidros claros, pelo chão que me encandeia; pela vida secreta das divisões que não presencio porque durmo.
(Há vida antes da uma da tarde.)
Qualquer coisa muda. Sento-me no sofá, com o calor a encher-me os pés e com a mão direita alumiada por um rectângulo de claridade.
(Deixo-me estar. Adormeço.)
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