terça-feira, agosto 15, 2006

Há vida às nove da manhã.

Acho piada à vida que existe às nove da manhã. Não costumo reparar muito nisso - normalmente, estou tão ensonado que me passa quase tudo ao lado. Mas, nos últimos tempos, tenho feito por me levantar mais cedo, um bocado na esperança de que comece a "ser produtivo" mais rapidamente; de que o dia renda mais. Se é em parte uma experiência falhada,

(a produtividade é um bicho esquivo)

a verdade é que estar em frente ao computador tão cedo no dia é engraçado. Tenho normalmente a mesa cheia de papéis. Acessório favorito: uma chávena de café - tomado normalmente muito doce ou sem açúcar - ao meu lado direito e com direito a refills sempre que necessários. Abro o estore o suficiente para espreitar, de vez em quando, para a rua e para me assegurar de que o mundo ainda existe; e para deixar passar ar pela casa toda, numa tentativa um tanto frustrante de expulsar dela o calor. Às vezes sinto que estou a viver noutro fuso horário. Mas gosto da vida que existe às nove da manhã.