terça-feira, outubro 24, 2006

O lugar para as coisas sem nome.

Todos temos disfunções e / ou coisas por resolver, se as soubermos procurar. Alguns dos meus amigos procuram fugas para trás nas pessoas que conhecem ou nos locais a que vão. Outros tantos também amigos lamentam um amor de reconstrução impossível, sabendo que o afecto estava lá mas que não basta amarmos alguém para vivermos convenientemente felizes para sempre. O amor dá trabalho. As cedências e malabarismos que o amor implica - e a que o amor acaba por obrigar - causam insónias e regurgitações e choros violentos mas escondidos. A noção de vida a dois é-nos complicada e comum. Estou aqui a escrever isto e sei que se explodir serei luminoso como nunca antes porque tenho o coração cheio de coisas às quais acrescento e me agarro para flutuar; às quais não dou nome.