A vista de fora.
Quando te conheci, tinhas terminado o curso e andavas sem ideia do que fazer a seguir. Tinhas conseguido encontrar casa e ias começar as mudanças em Fevereiro. Até Setembro desse ano foste existindo. O espaço, agora teu, começou a encher-se: quadros, mesas, fotografias, o piano, a estante, os livros, CDs e DVDs. A casa era a tua casa. A casa é a tua casa. Fui sabendo pouco de ti: que estudavas e o que estudavas; aquilo que andavas a ler; o teu projecto "mais ambicioso", sobre o qual tive, de início, dúvidas e medo - mas que rapidamente se dissiparam. Fiquei certo de que estavas onde querias estar, a fazer exactamente o que sempre quiseste fazer.
Encontrei-te ontem novamente e o sorriso que tinhas era feliz. Não tenho dúvida de que estás bem. Prometeste contar-me os teus planos em breve. Não preciso. Aguardo apenas que mos confirmes, apesar de os saber já confirmados porque esta é uma sabedoria que só tem quem está cá dentro.
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