O adulto.
Quando falo contigo sinto que tenho onze anos. Doze. No máximo treze. Sinto-me como um miúdo que está a fingir ser adulto perante o adulto que o é. Como se jogasse a um jogo cujas regras apenas tu conheces e eu improviso - caio em buracos, piso armadilhas, tropeço na erva alta. Esfolo os joelhos na maior parte das vezes e espero que mos desinfectes com um algodão embebido em água oxigenada; que a espuma branca surja por cima do sangue que se estanca.
<< Home