quinta-feira, setembro 22, 2005

Ficção (4).

Depois do jejum, o corpo dela não é o mesmo. As articulações já de si frágeis sobressaem na pele - secas, gastas, ásperas. Levanta-se. Olha através da janela. Consegue ver os muros do Hospital Miguel Bombarda. Na rua, o som dos carros que passam e do tocar das campainhas

(- Correio!)

em prédios contíguos ao seu. Não sabe que dia é. Não importa.