sábado, dezembro 24, 2005

Ontem, das 14h47mins às 20h14mins.

Saio de casa. Meto-me no carro. Arranco com destino a alguns quilómetros daqui para ir comprar uma prenda para mim mesmo. Depois volto a casa. Telefonema do N. - remarcamos café para o dia seguinte. Oiço as chaves da T. na porta: ei-la, chegada de Barcelona e já de fugida para o Alentejo - ponho-a a par das novidades

(poucas)

existentes na casa desde Setembro, pergunto-lhe como correm as coisas, que tal se sente. Tudo em coisa de trinta minutos. Talvez nem tanto. Quando a porta do prédio se fecha, fecho a porta do andar. Arrumo o casaco. Arrumo a mala. Tiro os sapatos.

(E só então noto que a casa está fria.)

Telefono ao P., falamos um pouco com a certeza reconfortante e sempre presente de que falaremos mais ao longo do dia. Ponho café a fazer. Sento-me no sofá. Telefono à minha mãe, pergunto-lhe como estão as coisas pelo Alentejo e digo-lhe para ter cuidado com o frio. Mando-lhe um beijo e digo-lhe que gosto muito dela - porque a verdade é essa: gosto muito, muito dela. Aproveito para enviar mensagens de Natal aos que me são mais queridos; vou recebendo os relatórios de entrega à medida que as envio. Telefonema da I., cheia de saudades, a perguntar-me quando me vê. Pergunto-lhe como tem andado, que tem feito, se está tudo bem. Terminamos a conversa

(consigo ouvir-lhe o engulho do choro quase a rebentar)

com um beijo e a promessa de uma visita em breve. Telefonema do F.

(foi bom ouvir-te, F.)

a agradecer-me a mensagem. Conta-me que mudou de casa (agora está a viver sozinho) e de emprego; digo-lhe que tenho acompanhado as mudanças através do blog dele. Fica no ar o convite para um chá um dia destes. Desligamos.

O café está pronto. E à medida que o bebo um sorriso enorme.

(Sinto-me feliz.)