terça-feira, abril 25, 2006

Ficção (37).

A três curvas de casa - e enquanto faço pisca para a esquerda -, a mulher de robe azul-turquesa segura uma caneca de café vermelha na mão e despede-se, lentamente, do sítio onde viveu durante quarenta anos e ao qual não tornará. Quando vê que a vejo, aproxima-se do vidro e põe na cara cansada um sorriso gasto e sulcado. Levanto a mão direita, aceno-lhe invisivelmente e viro.