sexta-feira, maio 12, 2006

E depois flutuamos.

Aprendi a nadar era muito novo. Lembro-me da sensação da água no meu corpo à medida que percorria submerso a piscina. Chegava ao outro lado, voltava a mergulhar e era capaz de passar horas nisto. Às vezes saía a meio da aula e sentava-me nos bancos dos balneários zonzo porque apesar de debaixo de água não parava de pensar em tudo e ao mesmo tempo. O que me cansava. Passaram-se anos. Não nado há pelo menos dois Verões. E sei que quando entrar na água, depois da hora do calor e perto do sobreiro, o F. - o meu professor de miúdo - vai estar lá sem que um dia tenha passado. Pronto a saltar para a água e a puxar-me pelo pé esquerdo até ao fundo.