Ao que parece, não neste.
Na semana passada, ao balcão do banco, perguntaram-me
- Já comprou bilhete para as Sete Maravilhas do Mundo? Ou vai deixar passar?
Um bocado atordoado com a pergunta, comecei a listar mentalmente as seis de que me lembro logo: os Jardins Suspensos de Babilónia, o Farol de Alexandria, o Colosso de Rodes, a Estátua de Zeus em Olímpia, o Templo de Ártemis no Éfeso, a Grande Pirâmide de Gizé. Esqueço-me sempre de uma. E como na minha cara não houvesse sinal algum de reconhecimento, a rapariga insiste
- Mas não sabe de que é que eu estou a falar?
Respondi com um encolher de ombros e recebo apreensivamente a explicação
- A eleição das Novas Sete Maravilhas do Mundo? No Estádio da Luz?
com um acrescento que produziu em mim um sorriso emudecido e novo encolher de ombros
- Mas vive em que mundo?
Quando saio do banco, apercebo-me de duas coisas: de que o mundo em que vivo, seja ele qual for, não deve ser este; e de que, havendo Sete (novas) Maravilhas do Mundo, esta última pergunta, que tem mais de afirmação velada do que de outra coisa, podia perfeitamente ser a oitava.
<< Home