Café.
Gosto muito de café. Não me tinha apercebido, contudo, de quanta importância lhe dou até um e-mail da F. me ter chamado a atenção para isso. A palavra café aparece, no Maiúsculas, em cinquenta e nove posts (sessenta, se contarmos este); coffee também tem direito a duas ocorrências. Não me lembro ao certo do primeiro café que tomei: suspeito que tenha sido ou no primeiro ano da Licenciatura (1998-9) ou, antes disso, em data imprecisa - em casa do meu tio (depois de almoço) ou da minha avó materna (ao pequeno-almoço). O sabor amargo do líquido, equilibrado na altura com doses maciças de adoçante,
(algo que hoje não faço - bebo-o ou pouco doce ou sem nada)
viciou-me. E depois a electricidade que me causa, a coffee buzz de duas horas de que já falei; a produtividade que possibilita; o sorriso rasgado que, na dose certa, me consegue induzir. Gosto de café ao acordar, a ler, a dar aulas de ou a estudar piano, a ver televisão, a escrever, a falar com amigos, a tentar decidir o que fazer de alguns dos meus dias, depois de sair do cinema, de dia ou de noite. Gosto dele mais forte e mais fraco, frio e quente, com limão, de filtro, de balão, espresso ou instantâneo.
Gosto muito de café.
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