Noites (3).
Há um café que cá fora só tem uma mesa. Uma mesa com quatro cadeiras. Em cima da mesa um cinzeiro. Vêem-se telhados dali e gatos pretos esguios a saltar muros, a trepar árvores. Em cima da mesa duas chávenas com café quente dentro, uma com chá. Três copos a um terço com uma bebida açucarada. Nada acontece que não o ar frio da noite a arrefecer-nos os braços. Pagamos e saímos. Subimos e descemos ruas até voltarmos ao mesmo sítio. Sentamo-nos mais um pouco, bebemos mais um pouco. Deixamo-nos ficar até tarde.
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