terça-feira, outubro 28, 2008

Our separate ways.

Não te vou dizer para ligares. Não te vou dizer para escreveres. Não te vou dizer para vires cá ter. Não te vou pedir para me pedires para te ir buscar. Não te vou dizer que tenho saudades. Não te vou dizer que sinto a tua falta. Não te vou dizer que me custa adormecer sem ti ao meu lado. Não te vou dizer que este fim-de-semana vou ficar sozinho ou quanta falta tens feito aqui por casa. Não te vou dizer o que comi ao jantar. Nem tão pouco vou perguntar o que comeste tu, ou o que viste, ou o que ouviste, ou o que foste dizendo durante o dia. Não te vou dizer que não me esqueço do cheiro da tua pele. Não te vou dizer que penso em ti. Não te vou dizer que me faz falta ver-te. Não te vou dizer que, no fundo, não me apetece comer, ou beber, ou fazer qualquer outra coisa agora que não estás. Não te vou dizer que dói. Não te vou dizer que não me apetece sair de casa. Não te vou dizer que ainda estou acordado. E sobretudo, sim, sobretudo não te vou dizer que te amo. Não to digo para não te aborrecer; para te poupar ao trabalho de o ouvires. Não to digo para que não o possas esquecer.