Pessoalmente mais frio.
Entra-me o frio para as mãos e depois não quer sair, sabes? E para os pés. Para as orelhas também. Para o pescoço. Visto uma camisola; um casaco; ponho um cachecol. As noites estão mais frias, e não é apenas por tu não estares; por tu não tornares a estar. As noites estão mais frias e sobreponho peças para me aquecer. Tenho pouco sucesso. Como ao fim de um chá ou dois continuo com mãos e pés apenas tépidos, conformo-me com o facto de o frio ter vindo para ficar; e de me teres deixado, claro. Naquele que se adivinha como o Inverno pessoalmente mais frio dos últimos três anos - e na impossibilidade de um par de mãos aquecidas por outro par maior e mais quente do que elas -, é bom ter as coisas arrumadas e tristes nos seus lugares.
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