A orla do mundo.
Há que perceber que nem todos os dias são maus. O que não é o mesmo que dizer que não há dias maus. Os dias não são é todos maus. Para ser sincero, há dias bons; mesmo muito bons. E depois há os outros: os dias em que as palavras não saem, ou se saem cortam, ferem. Penso muitas vezes em deixar de falar, de dizer coisas, dar notícias; em remeter-me ao silêncio, fingir que caio da orla do mundo.
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