Fim de tarde (1).
Da janela do meu quarto, aberta no Outono como noutra época do ano, nos dias de chuva mais ainda do que nos de sol, ouve-se o silêncio invulgar da rua. Há o ranger pontual de uma porta. Alguém que passa aqui por baixo, não ciente de que se lhe ouvem os passos. Deixo-me estar à escuta, de estore corrido, até que a quietude me embala e acordo, horas passadas, no mesmo sítio e com o mesmo silêncio lá fora.
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