segunda-feira, novembro 06, 2006

Fim de tarde (1).

Da janela do meu quarto, aberta no Outono como noutra época do ano, nos dias de chuva mais ainda do que nos de sol, ouve-se o silêncio invulgar da rua. Há o ranger pontual de uma porta. Alguém que passa aqui por baixo, não ciente de que se lhe ouvem os passos. Deixo-me estar à escuta, de estore corrido, até que a quietude me embala e acordo, horas passadas, no mesmo sítio e com o mesmo silêncio lá fora.