Frio e silêncio de madrugada.
Bebi há minutos a quarta chávena de café bem forte do dia. O silêncio e o frio vão invadindo, de hora para hora, o que faço. Começo à tarde, de mangas arregaçadas; termino de madrugada, com camadas sucessivas de roupa a provarem-se insuficientes para me aquecer. Andar a andar, o prédio em que vivo cala-se. Quando entro na cama, teoricamente cansado, estou demasiado acordado para dormir logo. Fico a olhar para o tecto. A adivinhar o percurso calmo dos barulhos lá fora.
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