quinta-feira, junho 22, 2006

Tédio e desbloqueio às 18h53mins de ontem.

Num escritório, na sala de espera. Sentado no sofá de veludo vermelho - no braço do qual vou fazendo desenhos com os dedos e que apago com a palma da mão direita -, vejo o vento abanar as árvores, despentear quem chega, enxotar de uma secretária os papéis cheios que a povoam. Esqueço-me das conversas à volta; do livro que leio; dos carros que se acumulam na estrada à frente da casa. Dou umas tantas respostas que me saem automáticas. Levanto-me sem que vejam. Digo já venho sem dizer nada. Volto quando ouvir o meu nome. Escrevo isto na última página de um caderno de música que trago sempre comigo.