quinta-feira, junho 22, 2006

Texto-gémeo.

Surpreende-me a geometria dos andaimes que estão na parte de trás do prédio onde vivo. Gosto dos sítios onde a tinta se solta do metal e o deixa exposto: o amarelo antigo mistura-se com o alaranjado da ferrugem que parece que esteve sempre ali. Da maneira como as tábuas em que os homens andam são velhas, grossas; estão comidas pelo sol e manchadas de tinta. Sei que um texto-gémeo se escreve porque, sem que tenhas de tentar, vês o mesmo.