terça-feira, novembro 28, 2006

O mamute descobre mamutes.

Hoje deu-me para pensar, logo às oito e meia, no trabalho que tenho feito nos últimos dois anos. As conclusões a que cheguei, poucas que sejam, têm um tema comum, uma tecla sempre batida e polida do uso como as dos portáteis: a vida - e não sei bem o que isso é - continua e muta-se. Sei que mudei nos dois anos que passaram, que há coisas que cá estavam e deixaram de estar e coisas que não estavam e passaram a estar.

(Isto assim até parece hermético, mas não é.)

Só que, em manhãs como a de hoje, em dias como o de hoje, não consigo deixar de sentir que estou aqui congelado, com a obsolescência de um mamute que ninguém descobre porque descobrir mamutes não tem utilidade alguma.

Eu sou um mamute que descobre mamutes.