Ficção (40).
Sentado numa das mesas do café, consegues ouvir a conversa do casal que está perto de ti. Corres as folhas do jornal até encontrares o que te interessa, lês, passas ao próximo. Bebes o resto do chá que te sobra na chávena, dobras o jornal, levantas-te, pegas na mala, vais ao balcão, pagas, sais. Na calçada o sol que te ofusca; em frente a igreja velha em que entravas sempre muito calado. Entras para dizer olá às paredes e ao chão que te conhece os passos mesmo depois de teres crescido. Sais. Novamente o sol. Apanhas um táxi, respiras fundo e sorris.
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