Comentário desnecessário (4).

À procura de um texto autobiográfico (3).

Shame shame time to leave me now
Shame shame you've had your fun
Shame shame for letting me think that I would be the one

[ Tori Amos: The Beekeeper, 'The Power of Orange Knickers'. ]

Happiness in a box.

Quando cheguei a casa, estava em cima da cama, ainda por abrir, a olhar para mim. Abri a encomenda, ouvi o álbum, li as letras, vi o DVD. Agora resta-me (e é tanto) ouvi-lo mais umas quantas vezes, até que se entranhe, se torne uma segunda pele.

Comentário desnecessário (3).

Not an addict.

Começar o dia é-me muito complicado. Podia escrever um tratado sobre os milhares de acordares que tenho - nenhum é igual ao anterior. A minha relação com a manhã é, para dizer o mínimo, tensa: eu não gosto dela; ela também não simpatiza propriamente comigo. Descobri que a única coisa que salva este relacionamento em ruínas é o café - sim, o café. A única coisa que melhora o ter de acordar cedo (e o conceito de cedo é demasiado relativo) é a coffee buzz de duas horas que tenho depois de tomar duas chávenas de café acabado de fazer.

(E, durante duas horas, sou invencível.)

Obras de juventude.

Dou uma vista de olhos a um conjunto de exercícios para piano e voz que escrevi há coisa de um ano e tal. Mãos juntas. Mãos separadas. Uníssono. Duas vozes. Quatro vozes. Notas sustidas. Mudanças súbitas de compasso e de tempo. Dinâmica. É tudo demasiado engraçado, sobretudo quando me lembro do contexto (e da intenção) de escrita.

(Guardo as folhas. Fecho o caderno. E sorrio.)