Alinhamento.
Não sei bem o que hei-de dizer sobre um alinhamento de DVDs que começa com Misery, passa por The Ghost and Mrs. Muir e termina com Pretty in Pink.
"So that I may say at all times, even when you do not answer and perhaps hear nothing, something of this is being heard, I am not merely talking to myself [...]." (Samuel Beckett, Happy Days)
Não sei bem o que hei-de dizer sobre um alinhamento de DVDs que começa com Misery, passa por The Ghost and Mrs. Muir e termina com Pretty in Pink.
A possibilidade de "erros de interpretação" de algumas coisas que digo ou escrevo assusta-me francamente porque, tal como a experiência me tem ensinado, erros de interpretação podem custar-me pessoas próximas e de quem gosto - leia-se "custar-me caro".
People are tricky, you can't afford to show
Como ele, escurecido do sol, atravessava a água e emergia com um sorriso. Como tu, preso a um livro na toalha, corpo claro, sentias sem reacção a água a escorrer-lhe da cara para as tuas costas. Ele que perguntava
O "No I in threesome", dos Interpol, é das músicas mais deprimentes que ouvi nos últimos tempos. Destrutiva mesmo. Isto porque traça o percurso de um casal que, estando junto há anos, começa a notar as marcas do tempo e a erosão do relacionamento. Até aqui nada de novo. A minha objecção surge
Na sala, com o livro do Murakami aberto à minha esquerda em cima do sofá, a ouvir o Our Love to Admire, dos Interpol, e a olhar de relance para os doze ou treze livros, alinhados na estante da sala ao lado, que quero ler até Setembro.
I find it hard to talk about myself. I'm always tripped up by the eternal who am I? paradox. Sure, no one knows as much pure data about me as me. But when I talk about myself, all sorts of other factors - values, standards, my own limitations as an observer - make me, the narrator, select and eliminate things about me, the narratee. I've always been disturbed by the thought that I'm not painting a very objective picture of myself.
Há minutos, enquanto bebia o segundo copo de café frio da noite, lembrei-me da Maria José, irmã da T., que me apertava muito em miúdo, me dava beijos na cara e me dizia
Passam os carros
Sentado à frente do computador, com uma chávena de café bem forte e pouco doce à minha direita. Na aparelhagem, a Nella Maissa a tocar uma sonata de J. Domingos Bomtempo.
Na semana passada, ao balcão do banco, perguntaram-me